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Kellner et al. 2022
Grupo taxonômico: Archosauria (Archosauromorpha)
Idade: 225 milhões de anos (Noriano, Triássico Superior)
Alimentação: Carnívoro/Insetívoro
Comprimento: 30 centímetros de comprimento
Postura: Incerto
Local onde foi achado: Faxinal do Soturno, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Trata-se de um réptil muito enigmático. Como é conhecido apenas a partir de materiais muito fragmentários e incompletos, não se sabe exatamente o grupo ao qual ele pertence. Alguns pesquisadores acreditam que ele possa ter sido um precursor dos pterossauros, os répteis voadores de Era Mesozoica. Outros acreditam que ele faça parte de uma das linhagens que mais tarde deu origem aos jacarés e crocodilos. De qualquer modo, com base no que há preservado, sabe-se que ele tinha uma dentição muito peculiar, composta por dentes que lembram agulhas, os quais provavelmente eram utilizados para agarrar invertebrados.

Müller et al. 2018
Grupo taxonômico: Sauropodomorpha (Dinosauria)
Idade: 225 milhões de anos (Noriano, Triássico Superior)
Alimentação: Herbívoro
Comprimento: 4,00 metros de comprimento
Postura: Bípede
Local onde foi achado: Agudo, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Foi o primeiro dinossauro completo descoberto no Brasil. Também é o mais antigo dinossauro de pescoço longo do mundo. Essa característica conferiu a ele a capacidade de alcançar ramos de vegetação que eram inacessíveis para outros herbívoros que viveram com ele. A espécie foi descoberta em uma associação com mais indivíduos, indicando que eles viviam em grupos.

Müller et al. 2020
Grupo taxonômico: Ornithosuchidae (Pseudosuchia)
Idade: 230 milhões de anos (Carniano, Triássico Superior)
Alimentação: Carnívoro
Comprimento: 2,00 metros de comprimento
Postura: Quadrúpede
Local onde foi achado: Agudo, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Trata-se do único membro do grupo dos Ornithosuchidae já descoberto no Brasil. Os membros desse grupo possuíam uma configuração única do crânio, com dentes inferiores imensos que se encaixavam entre uma fenda situada atrás do focinho. No dorso, possuíam duas linhas de placas dérmicas com projeções que lembram espinhos.

Cabreira et al. 2016
Grupo taxonômico: Sauropodomorpha (Dinosauria)
Idade: 233 milhões de anos (Carniano, Triássico Superior)
Alimentação: Carnívoro
Comprimento: 1,50 metros de comprimento
Postura: Bípede
Local onde foi achado: São João do Polêsine, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: É considerado o membro mais primitivo do grupo que deu origem aos dinossauros gigantes de pescoço longo, os sauropodomorfos. A partir de sua descoberta foi possível concluir que os primeiros membros do grupo dos sauropodomorfos eram animais carnívoros. Ele está entre os dinossauros mais antigos do mundo. Um crânio completo descoberto em 2015 permitiu reconstruir um modelo de como seria o cérebro desse dinossauro, revelando que ele tinha um bom olfato, além de ser capaz de manter o foco da visão enquanto perseguia presas.

Müller et al. 2022
Grupo taxonômico: Proterochampsia (Archosauromorpha)
Idade: 230 milhões de anos (Carniano, Triássico Superior)
Alimentação: Carnívoro
Comprimento: 1,40 metros de comprimento
Postura: Quadrúpede
Local onde foi achado: Agudo, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Com uma aparência que lembra os jacarés e crocodilos, esse réptil primitivo pode ter sido adaptado a caçar animais próximos a corpos d’água. Sua descoberta ajudou a entender como foi que certas características da perna dos répteis evoluíram durante o Período Triássico. No momento, existem poucos elementos ósseos da espécie, sendo muito rara no registro fóssil.

Leal et al. 2004
Grupo taxonômico: Sauropodomorpha (Dinosauria)
Idade: 225 milhões de anos (Noriano, Triássico Superior)
Alimentação: Herbívoro
Comprimento: 3,00 metros de comprimento
Postura: Bípede
Local onde foi achado: São Martinho da Serra, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Durante um longo período acreditava-se que havia apenas um fóssil desse dinossauro, mas enquanto pesquisadores reanalisavam os fósseis do dinossauro em 2023, ossos muito menores foram encontrados em meio ao material original. Esses novos materiais pertenciam a um filhote que estava associado ao primeiro fóssil encontrado. Outro fato curioso é que por muito tempo se considerou que os parentes mais próximos desse dinossauro fossem formas da Alemanha, contudo, novos achados mostraram que existiram dinossauros com mais grau de parentesco com ele no Brasil e na Índia.

Müller et al. 2023
Grupo taxonômico: Lagerpetidae (Pterosauromorpha)
Idade: 233 milhões de anos (Carniano, Triássico Superior)
Alimentação: Carnívoro
Comprimento: 1,00 metro de comprimento
Postura: Bípede
Local onde foi achado: São João do Polêsine, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Sua descoberta permitiu que os pesquisadores conseguissem entender pela primeira vez como foi a face dos precursores dos pterossauros, revelando a presença de um bico afiado, como o das aves de rápida de hoje em dia. Tinha as mãos grandes e com garras afiadas que poderiam ter ajudando-o a subir em árvores ou agarrar presas.

Müller et al. 2024
Grupo taxonômico: Gracilisuchidae (Pseudosuchia)
Idade: 237 milhões de anos (Ladiniano, Triássico Superior)
Alimentação: Carnívoro
Comprimento: 1,00 metro de comprimento
Postura: Quadrúpede
Local onde foi achado: Paraíso do Sul, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Foi um predador de pequeno porte que viveu em ecossistemas dominados por répteis muito maiores. Provavelmente conseguia capturar suas presas utilizando sua velocidade. O grupo Gracilisuchidae é muito raro no registro fóssil, sendo conhecido apenas no Brasil, Argentina e China.

Müller & Garcia 2022
Grupo taxonômico: Sauropodomorpha (Dinosauria)
Idade: 230 milhões de anos (Carniano, Triássico Superior)
Alimentação: Onívoro
Comprimento: 2,20 metros de comprimento
Postura: Bípede
Local onde foi achado: Agudo, Rio Grande do Sul.
Curiosidades: Embora trate-se de um material relativamente incompleto, esse fóssil preserva os membros posteriores e parte da cintura pélvica. Essa descoberta trouxe novas informações sobre os processos evolutivos passados pelos dinossauros sauropodomorfos durante o início de sua evolução. O fóssil mostrou que durante o primeiro pulso no aumento de tamanho do grupo, não houveram grandes mudanças na forma das estruturas que suportam os músculos da perna. Assim, apesar de terem crescido em relação as formas mais antigas, esses sauropopodomorfos ainda mantinham a mesma postura e forma de locomoção.

Hirayama, 1998
Formação Romualdo, Grupo Santana, Bacia do Araripe

Santanachelys gaffneyi uma tartaruga intrigante no que diz respeito a sua relação evolutiva com Chelonioidea (a linhagem das tartarugas marinhas viventes). Na descrição original de Santanachelys gaffneyi a espécie foi tratada como a tartaruga marinha mais antiga do mundo, mas seu parentesco evolutivo ainda é objeto de discussão.
Recentemente, em 2023, esse material foi repatriado e publicado numa parceria entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros. Esse é o segundo exemplar conhecido no mundo dessa espécie, estando atualmente na Coleção de Paleontologia da Universidade Federal Rural de Pernambuco.
Santanachelys gaffneyi é encontrada em rochas do Cretáceo Inferior (entre 110 e 120 milhões de anos atrás), da Bacia do Araripe, Nordeste do Brasil.

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